O homem usa as plantas
em processos curativos há pelo menos 10 mil anos na Mesopotâmia, Egito, China,
Índia, Grécia, Roma e no continente americano. Nas culturas americanas a doença
se associava a questões mágico-religiosas e por isso, a cura necessariamente se
dava pela junção do conhecimento terapêutico dos curandeiros, que normalmente
utilizavam elementos da natureza em seus preparos, com rituais específicos associados
a crenças religiosas e superstições.
Com a chegada dos
europeus ao continente americano, o conhecimento sobre a farmacopeia local foi
relatado por religiosos e marinheiros sem grande formação, mas que permitiram
que a Europa tomasse contato com plantas e medicamentos antes desconhecidos.
Os primeiros cronistas a
descreverem as principais plantas com utilidade medicinal foram o José de
Acosta e Gonzalo Fernández de Oviedo e também o médico Nicolás Monardes.
As primeiras plantas a
serem consideradas medicinais foram a quina, a curare e a coca.
A quina, originária do
antigo Peru, é um importante febrífugo e também antisséptico, tônico, diurético,
vermífugo e foi e é muito usada para tratamentos de paludismo.
Já a curare é uma planta
da Amazônia, cujo extrato foi muito usado pelos indígenas nas pontas de suas
flechas em caça ou conflitos, devido a seu efeito paralisante. Trata-se de uma
substância utilizada pela medicina como relaxante muscular ou anestésico.
E a coca, também oriunda
dos Andes, desde tempos pré-incaicos era utilizada como anestésico local, anti-inflamatório, analgésico, cicatrizante e para evitar fome e o cansaço,
entre outras funções.
Durante o período
anterior à chegada dos europeus as plantas medicinais eram preparadas em forma
de infusão para serem bebidas ou extraíam delas o suco. Também ferviam as partes
duras, como os talos, ou cozinhavam as plantas a serem utilizadas, mas
devidamente cortadas em pedaços bem pequenos. Algumas eram usadas para fazer emplastros ou unguentos e outras consumidas como saladas ou transformadas em pós.
Esse conhecimento fitoterápico
vem avançando até nossos dias e a medicina tradicional é cada vez mais
respeitada, inclusive contando com a promoção da Organização Mundial de Saúde,
que fomenta a identificação de novos medicamentos elaborados a partir de
plantas medicinais.
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