quinta-feira, 28 de março de 2013

O USO DE PLANTAS MEDICINAIS DESDE A ANTIGUIDADE AMERICANA






O homem usa as plantas em processos curativos há pelo menos 10 mil anos na Mesopotâmia, Egito, China, Índia, Grécia, Roma e no continente americano. Nas culturas americanas a doença se associava a questões mágico-religiosas e por isso, a cura necessariamente se dava pela junção do conhecimento terapêutico dos curandeiros, que normalmente utilizavam elementos da natureza em seus preparos, com rituais específicos associados a crenças religiosas e superstições.

Com a chegada dos europeus ao continente americano, o conhecimento sobre a farmacopeia local foi relatado por religiosos e marinheiros sem grande formação, mas que permitiram que a Europa tomasse contato com plantas e medicamentos antes desconhecidos.

Os primeiros cronistas a descreverem as principais plantas com utilidade medicinal foram o José de Acosta e Gonzalo Fernández de Oviedo e também o médico Nicolás Monardes.

As primeiras plantas a serem consideradas medicinais foram a quina, a curare e a coca.

A quina, originária do antigo Peru, é um importante febrífugo e também antisséptico, tônico, diurético, vermífugo e foi e é muito usada para tratamentos de paludismo.


Já a curare é uma planta da Amazônia, cujo extrato foi muito usado pelos indígenas nas pontas de suas flechas em caça ou conflitos, devido a seu efeito paralisante. Trata-se de uma substância utilizada pela medicina como relaxante muscular ou anestésico.


E a coca, também oriunda dos Andes, desde tempos pré-incaicos era utilizada como anestésico local, anti-inflamatório,  analgésico, cicatrizante e para evitar fome e o cansaço, entre outras funções.


Durante o período anterior à chegada dos europeus as plantas medicinais eram preparadas em forma de infusão para serem bebidas ou extraíam delas o suco. Também ferviam as partes duras, como os talos, ou cozinhavam as plantas a serem utilizadas, mas devidamente cortadas em pedaços bem pequenos. Algumas eram usadas para fazer emplastros ou unguentos e outras consumidas como saladas ou transformadas em pós.

Esse conhecimento fitoterápico vem avançando até nossos dias e a medicina tradicional é cada vez mais respeitada, inclusive contando com a promoção da Organização Mundial de Saúde, que fomenta a identificação de novos medicamentos elaborados a partir de plantas medicinais.

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