1.
AMÉRICA
PRÉ-COLOMBIANA
Pré-História
· Alóctones
- vindos da Ásia – semelhança com mongóis;
· Estreito
de Bering – a pé na última glaciação (ação do acumulo natural de gelo sobre a
superfície da terra) – 70.000 anos;
· Polinésia
– em pequenas embarcações;
· Idade
do homem americano – até 1960 acreditava-se que o homem americano tinha de 12.000 a 13.000 anos; até
1980 – 50.000 anos – São Raimundo Nonato – Niède Guidon e Fabio Parenti -
pedras lascadas e fogueiras de 56.000 anos;
· Fósseis
americanos semelhantes a australianos – Homem de Lagoa Santa (9.000- 8.000 a .C.) –
Peter Lund;
· 2.500
línguas diferentes na América antes da conquista = diferentes ondas
migratórias;
· Hipóteses
de povoamento – corrente asiática, corrente malaio-polinésia e corrente
australiana;
· 7.000 a 3.000 a .C. – caça, pesca,
coleta e cultivo; domesticação de animais;
· Desenvolvimento
da tecelagem e cerâmica; cerâmica de Valdívia (norte do Equador) – a mais
antiga da América – 3.500 a .C.;
· Descoberta
da América – cem milhões de habitantes – tribos nômades e que viviam de caça e
pesca (esquimós – América do Norte; charruas – Uruguai; xavantes e timbiras –
Brasil); vida sedentária – praticando agricultura (pueblos – América do Norte;
caribes e aruaques – Antilhas e norte da América do Sul; tupis-guaranis –
Brasil).
Mesoamérica
· Olmecas – 1ª cultura importante da mesoamérica
(Golfo do México);
· 1.200 a 900 a .C. – primeiros centros
cerimoniais olmecas – San Lorenzo e La
Venta ; já faziam terraplanagem; homens carregavam barro de
longe para confeccionar pequenos tijolos; fizeram reservatórios para água
(estações secas);
· Blocos
de basalto de 15 a
25 toneladas – eram utilizados para serem entalhados e polidos para fazerem as
cabeças colossais, ao altares, as estelas ou outras esculturas monumentais;
· Já
desenvolviam uma astronomia inicial – prova disso é o equilíbrio nas proporções
(urbanismo) e a aptidão para gerir o monumental;
· Decadência
cultural e política olmeca = Monte Albán em destaque (Zapotecas); Maias
clássicos; Toltecas – Tula; Mixtecas, Chichimecas e os Mexicas;
· Território maia – sul do México (Península de Yucatán),
Guatemala, Honduras, Belize, norte de El Salvador;
· Monte
Albán – grandes santuários e pirâmides; cerâmicas; criação definitiva do
sistema numérico e escrita glífica;
· Teotihuacán
– surge como o mais importante cehtro cultural e religioso = hegemonia;
Pirâmide do Sol (edificada em uma única etapa);
· Florescimento maia – surge em Petén (Tikal e Uaxactún) – local
pouco propício (floresta, subsolo de calcário, pouca água);
· Maias
– grandes astrônomos, matemáticos e artistas;
· Calendário
– possuíram dois – ritual de 260 dias divididos em 13 grupos de
20 dias e civil de 365 dias divididos em 18 grupos de 20 dias mais 5;
· Sistema
matemático – base 20; símbolos: o ponto para a unidade, barra para o 5 e concha
alongada para o zero; concepção mais antiga do zero surgiu entre os maias e
povos do Ceilão;
· Escrita
– nem tudo foi interpretado;
· Principal
cidade – Tikal;
· Halach-Uinic
= o homem verdadeiro – funções civis, sacerdotais e militares;
· Hierarquia
– chefe principal, sacerdotes, nobres, artesãos, guerreiros, camponeses,
escravos;
· Comércio
– intenso; moeda de troca = semente de cacau;
· Teotihuacán
= mexicanização (maias passam a viver conforme o povo de Teotihuacán por causa
do comércio; passam a ter homens que toma conta do comércio de Tikal e outros
em Teotihuacán);
· Idade
do Ouro – aumento populacional; centros cerimoniais tipo cidade-Estado; poder
não centralizado; riqueza (manufatura de objetos de luxo); comércio – controle
da rede comercial; desenvolvimento agrícola (plantação em pântanos, em
floresta);
· Decadência
de Tikal – mundo maia – 750 e 800 d.C. – enfraquecimento de Teotihuacán =
decadência de todos os locais mexicanizados;
· Declínio
total – fragilidade política e cultural; grupos híbridos (mexicanização);
flagelos naturais; aumento populacional = fome; invasões; guerras;
desmembramento das rotas comerciais; desintegração da própria sociedade;
· Sobreviveram
– Uxmal, Chichén Itzá, Cholula (centro de peregrinação Mixtexa-Puebla); Tula
(Tolteca);
· Mexicas – origem século XII – viviam em Aztlán
(noroeste do México); primeiro chefe – Itzcoatl (1428-1440);
· Língua
falada – nahuatl;
· 1168
d.C. – queda de Tula e ascensão dos Mexicas;
· rei-sacerdote
– Quetzalcoatl – vários Estados compartilhavam o Planalto Central e cada um
lutava pela hegemonia;
· Tríplice
Aliança – Tenochtitlán, Texcoco e Tlacopan – transformou-se em Confederação Mexica
= pequenos Estados diversificados com várias línguas e etnias autônomas;
· Economia
– baseava-se no tributo, mercado e comerciantes;
· Sociedade
– tlatoani (aquele que fala); sacerdotes, nobres, guerreiros, artesãos,
comerciantes, camponeses e escravos;
· Tecuhtli
– senhor ou nobre – altas funções militares ou civis; não pagava impostos e não
se ocupava da agricultura;
· Mexicatl
Teohuatzin – sumo-secercote assistido por dois sacerdotes; responsável pelas
funções religiosas que não se confundiam com as governamentais; também não
pagavam impostos e alguns combatiam voluntariamente nos exércitos;
· Pochteca
– poderosas corporações de comerciantes; detinham o monopólio do comércio
exterior de luxo; representavam a elite; pequenos comerciantes = maceualtin;
· Toltecas
– nome dos artesãos; ourives; faziam mosaicos de plumas; mulheres
teciam e bordavam;
· Maceualli
– camponeses; faziam parte do calpulli; prestavam serviço militar e pagavam
impostos; agricultores-soldados;
· Tlatlacotin
– classe mais baixa da sociedade; prisioneiros de guerra destinados ao
sacrifício por ocasião das grandes cerimônias; obrigados a trabalhar para a
coletividade;
· Riqueza
– a terra era a única riqueza e pertencia à coletividade; conquistas e
comércio;
· Governo
– modelo Tolteca – tlatoani chefiava; pertencente à elite militar; eleito
vitaliciamente e assistido por conselhos;
· Religião
– disco solar = Tonatiuh; deus-guia da tribo = Uitzilopochtli; diversos deuses;
· Conquista
espanhola – 1519 – Hernán Cortez (Malinche); maus presságios; Montezuma
acreditou que Quetzalcoatl estivesse voltando; alianças com inimigos dos
mexicas; armamento e cavalos; guerra diferente – espanhóis queriam suas
riquezas e escravisá-los; epidemia de varíola;
Zona Andina
· PARACAS:
arte têxtil; oferendas e intercâmbio; MOCHE: pirâmide do Sol e da Lua;
guerreiros; NAZCA: astrólogos; criaram o zodíaco; cerâmica policrômica;
TIAHUANACO: grandes deuses antropomorfos; reino expansionista; WARI: grandes
artesãos; conquista de vários territórios; mudança de camponeses para a cidade
– decadência; CHIMU: Chanchán;
· Incas – organizam-se depois de derrotar os Chancas = Tahuantisuyu;
· Reciprocidade
= expansão Inca (presentes em troca de trabalho; casamentos de interesse);
rogar = minka;
· Reciprocidade
(grupo de parentesco) e redistribuição (Estado) = base do Império; não
reciprocidade = resistência;
· Reciprocidade
= + produção e território;
· Ayni = ajuda mútua; Minka = curacas/ayllu
(comunidade); Mita – comunidade/Estado;
· Terra
– importante; agricultura; técnicas de irrigação; andenes; controle
vertical;
· Pecuária
– criação de llamas e alpacas;
· Mineração
– ouro e prata;
· Sociedade
– Inca (chefe principal); nobres (panaca); sacerdotes; artesãos; camponeses; yanas
(servos);
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2.
CONQUISTA
E COLONIZAÇÃO
DESCOBRIMENTO DO NOVO MUNDO
ü Unificação de
Portugal e Espanha – união contra os muçulmanos: GUERRA DA RECONQUISTA
ü CONDADO PORTUCALENSE
formado por Henrique de Borgonha e posteriormente por seu filho Afonso Henriques
(1143);
ü Reis Católicos –
1469: casamento de Fernando de Aragão e Isabel de Castela = UNIFICAÇÃO;
ü Reino de Granada –
último reduto árabe;
ü Grandes conquistas –
favoreceram a integração de interesses do rei e burguesia – maior arrecadação
de impostos; a comunhão desses interesses = EXPANSÃO MARÍTIMA
ü Baixa Idade Média –
cidades italianas controlavam o Mediterrâneo; crise no séc. XIV (Guerra dos Cem
Anos (Inglaterra e França), peste negra e limitações do sistema feudal) = crise
do comércio europeu: rotas terrestres e fluviais inseguras; também tinham que
pagar tarifas aos senhores feudais;
ü Portugal – ponto de
escala e abastecimento para mercadores italianos e flamengos = ascensão do
grupo mercantil português;
ü Dinastia de Avis –
desenvolvimento do comércio para o progresso do país e fortalecimento do
Estado; criação da Escola de Sagres
dirigida pelo infante D. Henrique;
ü Grandes Navegações –
crise do feudalismo; esgotamento das minas européias; preço elevado das
mercadorias orientais;
ü Nova rota para o oriente
– início da Expansão Marítima;
ü Quadro político
europeu antes das grandes navegações: Espanha – dificuldades internas e
externas; Inglaterra e França – Guerra dos Cem Anos; Sacro Império –
fragmentado em vários reinos alemães e em repúblicas italianas; Província dos
Países Baixos – também fragmentados;
Portugal – reunia as condições para iniciar a expansão ultramarina;
grupo mercantil próspero; governo forte de acordo com o grupo mercantil;
localização privilegiada em relação ao Atlântico; unidade e estabilidade;
conhecimentos técnicos;
ü Início da Expansão
Portuguesa – 1415, tomada do entreposto comercial árabe – CEUTA; depois Açores;
cruzaram o Cabo do Bojador (Gil Eanes); ilhas de Cabo Verde; foz do rio Zaire;
Cabo da Boa Esperança (Bartolomeu Dias); Vasco da Gama chega a Calicute na
Índia (1448); Cabral chega ao Brasil;
ü Problema – não
possuíam organização financeira = dependência em relação às companhias
comerciais holandesas e italianas; riquezas obtidas por Portugal diluíram-se
pela Europa;
ü Espanha – 1492 – fim
do domínio árabe e da divisão interna; patrocínio da viagem do genovês Cristóvão Colombo -
chegou à ilha de Guanahani (San Salvador); Venezuela; rio Amazonas; Cuba;
Flórida; Pacífico; rio da Prata; México; Peru e etc;
ü Conflitos – espanhóis
e portugueses brigavam pela posse das terras descobertas ou por descobrir;
Tratado de Toledo – 1480: terras descobertas ao sul das ilhas Canárias seriam
portuguesas (Portugal assegurava a rota das Índias pelo sul da África); Bula
Intercoetera – 1493: partilha do mundo entre portugueses e espanhóis; Tratado
de Tordesilhas – 1494: 370 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde,
possibilitando a conquista de terras no Atlântico ocidental por portugueses;
ü Colonização da
América – Portugal e Espanha; metalistas: vinham em busca de metais preciosos;
PERÍODO
COLONIAL
· Carlos
V – imperou até 1556 e foi o grande conquistador; abdicou em favor de seu filho
Felipe II, que não foi mais que um funcionário civil = período de crise;
· Responsáveis
pela conquista – populares (fidalgos e cavalheiros); esforço privado;
· Capitulação
– título jurídico entre Coroa e o chefe da expedição de descobrimento, dando
direitos a este sobre as terras descobertas e aos demais participantes nessa
empresa;
· Adelantado
(governador) – título concedido ao chefe da expedição; caráter vitalício ou
hereditário; ele podia dividir terras e também fazer “repartimientos de
indios”; erigir fortalezas e fazer parte dos cargos de chefia nas cidades de
sua jurisdição;
· Pessoas
proibidas – não podiam participar das expedições: descendentes de mouros ou
judeus, hereges reconciliados ou castigados pela Inquisição, os negros e os
ciganos;
· Encomienda – um grupo de
famílias de índios com seus próprios chefes ficava submetido à autoridade de um
espanhol “encomendero”, este tinha a obrigação de protegê-los e cuidar da sua
evangelização com o auxílio de um padre; tinha o direito de beneficiar-se com
os serviços pessoais dos índios; para com o rei contraía o compromisso de
prestar serviço militar quando fosse solicitado; essas encomiendas tiveram
caráter temporal ou vitalício e ao término esses índios eram incorporados à
Coroa;
· 1542
– leis protetoras dos índios geraram muitos conflitos;
· Reducciones – os índios não
repartidos em encomiendas foram reagrupados em reduções sob a chefia de seus
próprios caciques para que não vivessem vagando e para serem doutrinados
(mão-de-obra); mais tarde, chamou-se as reduções de corregimientos (corregidor
de pueblos de índios);
· Reduções
e corregimientos – núcleos de
populações indígenas incorporadas pela Coroa;
· Tributo
– era pago em dinheiro ou espécie (frutos da terra das distintas comarcas);
pagavam tributo índios de 18 a
50 anos; isentos os caciques e seus filhos mais velhos, mulheres e yanaconas; visitadores eram responsáveis
pela cobrança dessas taxas;
· Virrey (vice-rei) – caráter
estatal; davam as “instrucciones” para o desempenho das atividades públicas a
governadores e outros funcionários da administração, dependentes de sua
autoridade;
· Sociedade
– aristocracia, pequenos agricultores e artesãos, mestiços, criollos, índios e
negros.
COLONIZAÇÕES
AMERICANAS
INGLESA
ü Início do processo
colonial – Elizabeth I (1558-1603); construção naval, comércio marítimo e a
atividade corsária;
ü Conflitos com a
Espanha – derrota da Invencível Armada espanhola em 1588;
ü Colonização da
América do Norte – Walter Raleigh em 1584, 1585 e 1587;
ü Século XVII – a
atividade colonial inglesa edificou-se com a derrocada da Espanha e a criação
das Companhias de Comércio; aliança entre Estado e burguesia; excedente
populacional resultante do processo dos cercamentos na Inglaterra; conflitos
político-religiosos (emigração de puritanos e quakers);
ü Treze colônias – ao
norte: economia autônoma, mercantil e manufatureira, não dependente da
metrópole; ao sul: economia agrícola, que produzia só para o mercado externo;
ü Virgínia – primeira
colônia; grande produtora de tabaco;
ü Plantation –
monocultura praticada em grandes propriedades e com a utilização de mão-de-obra
escrava e destinada ao mercado externo; característica das colônias do sul,
chamadas colônias de exploração; produção de arroz e algodão;
ü Nova Inglaterra –
predominaram os colonizadores provenientes de perseguição político-religiosa:
puritanos (primeiro navio – Mayflower: fundaram Plymouth); colônia de
povoamento: a ocupação baseou-se na pequena e média propriedade agrícola;
diversificou-se a produção e implementou-se a manufatura e o comércio;
ü Norte – evolução
econômica; sul – decadência;
ü Século XVIII –
Inglaterra atinge o apogeu; ampliou as restrições econômicas e a tributação;
Guerra dos Sete Anos (1756-1763); resultado: Independência dos EUA em 1776;
FRANCESA
v Século XVII –
iniciou-se durante o governo absolutista dos Bourbons, sob orientação dos
ministros Rochelieu e Colbert;
v Primeiro local
colonizado – Canadá; extrativismo (madeiras e peles) e comércio com os
indígenas;
v Colonizaram faixa
interior dos Grandes Lagos ao México, área denominada Louisiana (homenagem a
Luís XIV); algumas ilhas das Antilhas;
v Século XVIII – Guerra
da Sucessão Espanhola (1701-1713) e Guerra dos Sete Anos (1756-1763): perderam
várias colônias: Revolução Francesa (1789) e as guerras napoleônicas; o Canadá
foi perdido para a Inglaterra ao final da Guerra dos Sete Anos e a Louisiana
para os EUA;
HOLANDESA
Ø Países
Baixos – começaram a atuar em meio à luta de independência contra a Espanha, no
século XVI;
Ø Tratado
de Vestfália – 1648 – constituíram uma república autônoma;
Ø Companhia
das Índias Orientais (1602) – explorava o comércio com a África e a Ásia;
Ø Companhia
das Índias Ocidentais (1621) – comércio com as regiões americanas; nesse
período invadiram o Nordeste brasileiro (1624-1625 e 1630-1654);
AMÉRICA SÉCULO XVII
ü Dinastia de
Habsburgos – Carlos V e Felipe II – grande quantidade de metais = inflação =
menor competitividade internacional espanhola – grande Império de difícil
administração;
ü Ascensão de Felipe II
ao trono português – 1580 = aumento de poder espanhol e também de problemas;
holandeses – inimigos;
ü Vice-reis do México e
Peru passaram a reter impostos para defender costas contra ação de corsários =
aumento de custos com defesa do Império – Século XVII = crise entre Espanha e
América; diminuição de rendas americanas e invasão do Brasil pelos holandeses;
ü Linhas de comunicação
frágeis, recursos limitados, crises externas com Ingleses, Holandeses e também
com a América, separação de Portugal em 1640 = desintegração da monarquia
espanhola;
ü Coroa distante e
falida = expansão do poder das oligarquias da América;
ü Disputa de poder
entre dinastia dos Habsburgos e dinastia dos Bourbons = disputa pela hegemonia
política na Europa;
AMÉRICA SÉCULO XVIII
ü Século XVIII –
dinastia dos Bourbons – Carlos II morre e começa a disputa pelo trono espanhol;
Filipe de Anjou, neto de Luís XIV, recebeu o apoio de Castela e Carlos de
Áustria era apoiado pela Inglaterra, Holanda, Portugal e uma parte de Castela;
mas, os franceses conseguiram assegurar sua vitória; ao renunciar ao trono
espanhol, Carlos de Áustria recebeu alguns territórios, como por exemplo, os
Países Baixos;
ü Felipe V assume e
implanta um Estado absolutista = revolução administrativa = concessão de
títulos a servidores de confiança com o intuito de fortalecer sua própria
autoridade; consegue equilibrar as atividades comerciais; prata vinda do
México;
ü Independência dos EUA
(1776) e Revolução Francesa (1789-1799)– crise do Antigo Regime;
ü Guerra dos Sete Anos
(França e Inglaterra) – disputa por mercados e áreas coloniais; França
necessita neutralizar poder inglês: Bloqueio Continental; José Bonaparte assume
o trono espanhol; luta de espanhóis contra franceses e guerrilhas pelo resto da
Europa = enfraquecimento do poder de Napoleão e também cria condições para que as colônias
latino-americanas comecem seus processos de independência;
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3.
PRÉVIA DAS INDEPENDÊNCIAS DA AMÉRICA
· Independência
das colônias espanholas – classes dominantes; criollos junto com mestiços e
índios; colônias queriam liberdade econômica e autogoverno; falta de
homogeneidade – zonas mercantis e zonas rurais;
· Ideologia
– republicanos radicais (Francisco de Mirada e Simon Bolívar) e monarquistas
liberais (José de San Martín); caudilhismo;
· Movimento
emancipacionista – caráter burguês e urbano ou aristocrático e rural – não foi
movimento popular (exceção: México);
· Emancipação
das colônias – prosseguimento da exploração da mão-de-obra indígena;
· Tupac
Amaru – século XVIII – movimento camponês peruano; índios eram explorados nos
trabalhos das minas e nas encomiendas;
Prévia
das independências
· 1808
e 1810 – invasão da Península pelos franceses; deposição de Fernando VII;
criação das Juntas de Governo na Espanha = disputa pela direção dos negócios
coloniais; na América formaram-se as Juntas governativas = três correntes:
fidelidade ao rei; autonomia em nome do rei; independência;
· presença
econômica da Inglaterra – 1806 – Bacia do Prata; Bloqueio Continental =
intensificação de suas relações comerciais com áreas americanas;
· Cabildos
– neles os criollos dominavam, não eram eleitos pelo povo = importante
participação no processo de emancipação;
· Idéias
liberais francesas + independência das colônias inglesas = desejo de
independência entre os criollos;
· Crise
da monarquia espanhola + invasão francesa + estabelecimento de Juntas + poder
dos criollos + pressão inglesa – independência;
· Porto
de Buenos Aires aberto em 1810 aos ingleses;
· Movimento
de independência – Caracas, Buenos Aires e México;
· Lima
representava reação espanhola;
· Venezuela
– Francisco de Miranda – grandes proprietários de terra – movimento republicano
e aristocrático – proclamou a independência em 1811;
· Área
Platina – burguesia mercantil; deposição
do vice-rei Cisneros na Revolução de Maio (1810); Manuel Belgrano (monárquico) e Mariano Moreno
(republicano);
· México
– rural e indígena (1810-1811) – Padre Miguel Hidalgo e Padre José Maria
Morellos, que proclamou a independência do México;
· Derrota
de Napoleão Bonaparte = restauração do poder de Fernando VII (1814) – reação
absolutista = tentativa de recolonização; Inglaterra contra às práticas
monopolistas;
· Congresso
de Viena – contra movimentos liberais e nacionais; Santa Aliança (Rússia,
Prússia e Áustria) – ajuda à Espanha para sufocar o movimento de libertação das
colônias americanas; Inglaterra apóia esse movimento;
· Vice-Reino
do Prata (Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia) – movimento político iniciado
em Buenos Aires
fragmentou-se; Paraguai transformou-se em República; Uruguai foi incorporado
por Portugal (só conseguiu sua independência em 1828); Argentina, chamada
Províncias Unidas do Prata virou República em 1816 com a ajuda de José de San
Martín;
· Chile
– Bernardo de O’Hoggins começou o movimento de independência e com a ajuda mais
tarde de San Martín foi proclamada a independência (1818);
· Venezuela
– Francisco de Miranda em 1812 foi vencido; Simon Bolívar, aristocrata
colonial, foi o Libertador (1821); Bolívar queria unir a Venezuela e Nova Granada (Colômbia, Panamá e Equador);
· Peru
– núcleo de resistência espanhola; auxiliados pelo inglês lorde Cochrane, o
exército de San Martín tomou Lima e libertou o Peru em 1821;
· Crise
final do domínio espanhol estava ligada à restauração absolutista contra a
vontade popular e da burguesia;
· Equador
– José Sucre junto com San Martín tomaram Quito, anexando o Equador à
Grã-Colômbia;
· Auxílio
inglês foi decisivo para as vitórias latino-americanas – Inglaterra defendia a
não intervenção da Europa nos países recém-independentes, indo contra a Santa
Aliança;
· EUA
a partir de 1821 também começou a ajudar, pois temiam a invasão russa em seu
território através do Alasca e também a penetração econômica da Inglaterra –
asseguraram a soberania das novas nações = Doutrina Monroe;
· Bolívar
– republicano e San Martín – monarquista; divergências políticas;
· Elemento
popular foi fundamental para o movimento de libertação colonial;
· Último
local espanhol – Alto-Peru (Bolívia); 1825 – exércitos de Bolívar e Sucre
conseguiram a independência;
· México
– luta com caráter social e étnico (camponeses, índios e mestiços) conveniente
à aristocracia criolla; projeto monárquico – emancipação sem romper com a
Espanha; Agustín de Iturbide lutou contra Vicente Guerrero, que havia retomado
o movimento iniciado pelos padres Hidalgo e Morellos; Plano de Iguala – acordo
com os rebeldes e proclamou a independência do México; Iturbide proclamou-se
imperador do México em 1822; levante chefiado por Antonio de Santa Ana depôs
Iturbide;
· Novos
Estados americanos = oligarquias rurais – caudilhos (chefes militares que com
golpes tomavam o poder); duas correntes oligárquicas: unitaristas (um poder
central forte) e federalistas (descentralização política);
· Fragmentação
política hispano-americana – especialização econômica regional; heterogeneidade
étnica e cultural; isolamento das áreas coloniais; disputas pelo controle do
poder local pelas oligarquias agrárias; pressão inglesa para que não se
formassem blocos econômicos = frustração do sonho de Bolívar;
· Século
XIX na América – manutenção de padrões coloniais = imperialismo.
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GERAL
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