sexta-feira, 14 de setembro de 2012

APOSTILA DE HISTÓRIA DA AMÉRICA I E BIBLIOGRAFIA



1.          AMÉRICA PRÉ-COLOMBIANA


Pré-História
·   Alóctones - vindos da Ásia – semelhança com mongóis;
·  Estreito de Bering – a pé na última glaciação (ação do acumulo natural de gelo sobre a superfície da terra) – 70.000 anos;
·  Polinésia – em pequenas embarcações;
· Idade do homem americano – até 1960 acreditava-se que o homem americano tinha de 12.000 a 13.000 anos; até 1980 – 50.000 anos – São Raimundo Nonato – Niède Guidon e Fabio Parenti - pedras lascadas e fogueiras de 56.000 anos;
· Fósseis americanos semelhantes a australianos – Homem de Lagoa Santa (9.000- 8.000 a.C.) – Peter Lund;
· 2.500 línguas diferentes na América antes da conquista = diferentes ondas migratórias;
· Hipóteses de povoamento – corrente asiática, corrente malaio-polinésia e corrente australiana;
· 7.000 a 3.000 a.C. – caça, pesca, coleta e cultivo; domesticação de animais;
· Desenvolvimento da tecelagem e cerâmica; cerâmica de Valdívia (norte do Equador) – a mais antiga da América – 3.500 a.C.;
·   Descoberta da América – cem milhões de habitantes – tribos nômades e que viviam de caça e pesca (esquimós – América do Norte; charruas – Uruguai; xavantes e timbiras – Brasil); vida sedentária – praticando agricultura (pueblos – América do Norte; caribes e aruaques – Antilhas e norte da América do Sul; tupis-guaranis – Brasil).

 

Mesoamérica

· Olmecas – 1ª cultura importante da mesoamérica (Golfo do México);
· 1.200 a 900 a.C. – primeiros centros cerimoniais olmecas – San Lorenzo e La Venta; já faziam terraplanagem; homens carregavam barro de longe para confeccionar pequenos tijolos; fizeram reservatórios para água (estações secas);
·  Blocos de basalto de 15 a 25 toneladas – eram utilizados para serem entalhados e polidos para fazerem as cabeças colossais, ao altares, as estelas ou outras esculturas monumentais;
· Já desenvolviam uma astronomia inicial – prova disso é o equilíbrio nas proporções (urbanismo) e a aptidão para gerir o monumental;
· Decadência cultural e política olmeca = Monte Albán em destaque (Zapotecas); Maias clássicos; Toltecas – Tula; Mixtecas, Chichimecas e os Mexicas;
· Território maia – sul do México (Península de Yucatán), Guatemala, Honduras, Belize, norte de El Salvador;
· Monte Albán – grandes santuários e pirâmides; cerâmicas; criação definitiva do sistema numérico e escrita glífica;
·  Teotihuacán – surge como o mais importante cehtro cultural e religioso = hegemonia; Pirâmide do Sol (edificada em uma única etapa);
· Florescimento maia – surge em Petén (Tikal e Uaxactún) – local pouco propício (floresta, subsolo de calcário, pouca água);
·   Maias – grandes astrônomos, matemáticos e artistas;
·  Calendário – possuíram dois – ritual de 260 dias divididos em 13 grupos de 20 dias e civil de 365 dias divididos em 18 grupos de 20 dias mais 5;
· Sistema matemático – base 20; símbolos: o ponto para a unidade, barra para o 5 e concha alongada para o zero; concepção mais antiga do zero surgiu entre os maias e povos do Ceilão;
·   Escrita – nem tudo foi interpretado;
·   Principal cidade – Tikal;
· Halach-Uinic = o homem verdadeiro – funções civis, sacerdotais e militares;
·  Hierarquia – chefe principal, sacerdotes, nobres, artesãos, guerreiros, camponeses, escravos;
·     Comércio – intenso; moeda de troca = semente de cacau;
·   Teotihuacán = mexicanização (maias passam a viver conforme o povo de Teotihuacán por causa do comércio; passam a ter homens que toma conta do comércio de Tikal e outros em Teotihuacán);
· Idade do Ouro – aumento populacional; centros cerimoniais tipo cidade-Estado; poder não centralizado; riqueza (manufatura de objetos de luxo); comércio – controle da rede comercial; desenvolvimento agrícola (plantação em pântanos, em floresta);
· Decadência de Tikal – mundo maia – 750 e 800 d.C. – enfraquecimento de Teotihuacán = decadência de todos os locais mexicanizados;
·  Declínio total – fragilidade política e cultural; grupos híbridos (mexicanização); flagelos naturais; aumento populacional = fome; invasões; guerras; desmembramento das rotas comerciais; desintegração da própria sociedade;
· Sobreviveram – Uxmal, Chichén Itzá, Cholula (centro de peregrinação Mixtexa-Puebla); Tula (Tolteca);
·    Mexicas – origem século XII – viviam em Aztlán (noroeste do México); primeiro chefe – Itzcoatl (1428-1440);
·      Língua falada – nahuatl;
·       1168 d.C. – queda de Tula e ascensão dos Mexicas;
·      rei-sacerdote – Quetzalcoatl – vários Estados compartilhavam o Planalto Central e cada um lutava pela hegemonia;
· Tríplice Aliança – Tenochtitlán, Texcoco e Tlacopan – transformou-se em Confederação Mexica = pequenos Estados diversificados com várias línguas e etnias autônomas;
·   Economia – baseava-se no tributo, mercado e comerciantes;
· Sociedade – tlatoani (aquele que fala); sacerdotes, nobres, guerreiros, artesãos, comerciantes, camponeses e escravos;
·  Tecuhtli – senhor ou nobre – altas funções militares ou civis; não pagava impostos e não se ocupava da agricultura;
· Mexicatl Teohuatzin – sumo-secercote assistido por dois sacerdotes; responsável pelas funções religiosas que não se confundiam com as governamentais; também não pagavam impostos e alguns combatiam voluntariamente nos exércitos;
· Pochteca – poderosas corporações de comerciantes; detinham o monopólio do comércio exterior de luxo; representavam a elite; pequenos comerciantes = maceualtin;
·    Toltecas – nome dos artesãos; ourives; faziam mosaicos de plumas; mulheres teciam e bordavam;
·       Maceualli – camponeses; faziam parte do calpulli; prestavam serviço militar e pagavam impostos; agricultores-soldados;
·        Tlatlacotin – classe mais baixa da sociedade; prisioneiros de guerra destinados ao sacrifício por ocasião das grandes cerimônias; obrigados a trabalhar para a coletividade;
· Riqueza – a terra era a única riqueza e pertencia à coletividade; conquistas e comércio;
·    Governo – modelo Tolteca – tlatoani chefiava; pertencente à elite militar; eleito vitaliciamente e assistido por conselhos;
· Religião – disco solar = Tonatiuh; deus-guia da tribo = Uitzilopochtli; diversos deuses;
·  Conquista espanhola – 1519 – Hernán Cortez (Malinche); maus presságios; Montezuma acreditou que Quetzalcoatl estivesse voltando; alianças com inimigos dos mexicas; armamento e cavalos; guerra diferente – espanhóis queriam suas riquezas e escravisá-los; epidemia de varíola;

 

Zona Andina

· PARACAS: arte têxtil; oferendas e intercâmbio; MOCHE: pirâmide do Sol e da Lua; guerreiros; NAZCA: astrólogos; criaram o zodíaco; cerâmica policrômica; TIAHUANACO: grandes deuses antropomorfos; reino expansionista; WARI: grandes artesãos; conquista de vários territórios; mudança de camponeses para a cidade – decadência; CHIMU: Chanchán;
· Incas – organizam-se depois de derrotar os Chancas = Tahuantisuyu;
· Reciprocidade = expansão Inca (presentes em troca de trabalho; casamentos de interesse); rogar = minka;
·    Reciprocidade (grupo de parentesco) e redistribuição (Estado) = base do Império; não reciprocidade = resistência;
·      Reciprocidade = + produção e território;
·    Ayni = ajuda mútua; Minka = curacas/ayllu (comunidade); Mita – comunidade/Estado;
·  Terra – importante; agricultura; técnicas de irrigação; andenes; controle vertical;
·   Pecuária – criação de llamas e alpacas;
·   Mineração – ouro e prata;
· Sociedade – Inca (chefe principal); nobres (panaca); sacerdotes; artesãos; camponeses; yanas (servos);

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2.          CONQUISTA E COLONIZAÇÃO

DESCOBRIMENTO DO NOVO MUNDO

ü    Unificação de Portugal e Espanha – união contra os muçulmanos: GUERRA DA RECONQUISTA
ü    CONDADO PORTUCALENSE formado por Henrique de Borgonha e posteriormente por seu filho Afonso Henriques (1143);
ü    Reis Católicos – 1469: casamento de Fernando de Aragão e Isabel de Castela = UNIFICAÇÃO;
ü    Reino de Granada – último reduto árabe;
ü    Grandes conquistas – favoreceram a integração de interesses do rei e burguesia – maior arrecadação de impostos; a comunhão desses interesses = EXPANSÃO MARÍTIMA
ü Baixa Idade Média – cidades italianas controlavam o Mediterrâneo; crise no séc. XIV (Guerra dos Cem Anos (Inglaterra e França), peste negra e limitações do sistema feudal) = crise do comércio europeu: rotas terrestres e fluviais inseguras; também tinham que pagar tarifas aos senhores feudais;
ü Portugal – ponto de escala e abastecimento para mercadores italianos e flamengos = ascensão do grupo mercantil português;
ü Dinastia de Avis – desenvolvimento do comércio para o progresso do país e fortalecimento do Estado; criação da Escola de Sagres  dirigida pelo infante D. Henrique;
ü Grandes Navegações – crise do feudalismo; esgotamento das minas européias; preço elevado das mercadorias orientais;
ü Nova rota para o oriente – início da Expansão Marítima;
ü Quadro político europeu antes das grandes navegações: Espanha – dificuldades internas e externas; Inglaterra e França – Guerra dos Cem Anos; Sacro Império – fragmentado em vários reinos alemães e em repúblicas italianas; Província dos Países Baixos – também fragmentados;  Portugal – reunia as condições para iniciar a expansão ultramarina; grupo mercantil próspero; governo forte de acordo com o grupo mercantil; localização privilegiada em relação ao Atlântico; unidade e estabilidade; conhecimentos técnicos;
ü Início da Expansão Portuguesa – 1415, tomada do entreposto comercial árabe – CEUTA; depois Açores; cruzaram o Cabo do Bojador (Gil Eanes); ilhas de Cabo Verde; foz do rio Zaire; Cabo da Boa Esperança (Bartolomeu Dias); Vasco da Gama chega a Calicute na Índia (1448); Cabral chega ao Brasil;
ü Problema – não possuíam organização financeira = dependência em relação às companhias comerciais holandesas e italianas; riquezas obtidas por Portugal diluíram-se pela Europa;
ü Espanha – 1492 – fim do domínio árabe e da divisão interna; patrocínio  da viagem do genovês Cristóvão Colombo - chegou à ilha de Guanahani (San Salvador); Venezuela; rio Amazonas; Cuba; Flórida; Pacífico; rio da Prata; México; Peru e etc;
ü Conflitos – espanhóis e portugueses brigavam pela posse das terras descobertas ou por descobrir; Tratado de Toledo – 1480: terras descobertas ao sul das ilhas Canárias seriam portuguesas (Portugal assegurava a rota das Índias pelo sul da África); Bula Intercoetera – 1493: partilha do mundo entre portugueses e espanhóis; Tratado de Tordesilhas – 1494: 370 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde, possibilitando a conquista de terras no Atlântico ocidental por portugueses;
ü Colonização da América – Portugal e Espanha; metalistas: vinham em busca de metais preciosos;
 
PERÍODO COLONIAL
·  Carlos V – imperou até 1556 e foi o grande conquistador; abdicou em favor de seu filho Felipe II, que não foi mais que um funcionário civil = período de crise;
· Responsáveis pela conquista – populares (fidalgos e cavalheiros); esforço privado;
· Capitulação – título jurídico entre Coroa e o chefe da expedição de descobrimento, dando direitos a este sobre as terras descobertas e aos demais participantes nessa empresa;
·  Adelantado (governador) – título concedido ao chefe da expedição; caráter vitalício ou hereditário; ele podia dividir terras e também fazer “repartimientos de indios”; erigir fortalezas e fazer parte dos cargos de chefia nas cidades de sua jurisdição;
·       Pessoas proibidas – não podiam participar das expedições: descendentes de mouros ou judeus, hereges reconciliados ou castigados pela Inquisição, os negros e os ciganos;
·   Encomienda – um grupo de famílias de índios com seus próprios chefes ficava submetido à autoridade de um espanhol “encomendero”, este tinha a obrigação de protegê-los e cuidar da sua evangelização com o auxílio de um padre; tinha o direito de beneficiar-se com os serviços pessoais dos índios; para com o rei contraía o compromisso de prestar serviço militar quando fosse solicitado; essas encomiendas tiveram caráter temporal ou vitalício e ao término esses índios eram incorporados à Coroa;
·          1542 – leis protetoras dos índios geraram muitos conflitos;
·   Reducciones – os índios não repartidos em encomiendas foram reagrupados em reduções sob a chefia de seus próprios caciques para que não vivessem vagando e para serem doutrinados (mão-de-obra); mais tarde, chamou-se as reduções de corregimientos (corregidor de pueblos de índios);
· Reduções e corregimientos – núcleos de populações indígenas incorporadas pela Coroa;
·        Tributo – era pago em dinheiro ou espécie (frutos da terra das distintas comarcas); pagavam tributo índios de 18 a 50 anos; isentos os caciques e seus filhos mais velhos, mulheres e yanaconas; visitadores eram responsáveis pela cobrança dessas taxas;
·   Virrey (vice-rei) – caráter estatal; davam as “instrucciones” para o desempenho das atividades públicas a governadores e outros funcionários da administração, dependentes de sua autoridade;
·       Sociedade – aristocracia, pequenos agricultores e artesãos, mestiços, criollos, índios e negros.


COLONIZAÇÕES AMERICANAS

INGLESA
ü  Início do processo colonial – Elizabeth I (1558-1603); construção naval, comércio marítimo e a atividade corsária;
ü    Conflitos com a Espanha – derrota da Invencível Armada espanhola em 1588;
ü    Colonização da América do Norte – Walter Raleigh em 1584, 1585 e 1587;
ü    Século XVII – a atividade colonial inglesa edificou-se com a derrocada da Espanha e a criação das Companhias de Comércio; aliança entre Estado e burguesia; excedente populacional resultante do processo dos cercamentos na Inglaterra; conflitos político-religiosos (emigração de puritanos e quakers);
ü    Treze colônias – ao norte: economia autônoma, mercantil e manufatureira, não dependente da metrópole; ao sul: economia agrícola, que produzia só para o mercado externo;
ü    Virgínia – primeira colônia; grande produtora de tabaco;
ü    Plantation – monocultura praticada em grandes propriedades e com a utilização de mão-de-obra escrava e destinada ao mercado externo; característica das colônias do sul, chamadas colônias de exploração; produção de arroz e algodão;
ü Nova Inglaterra – predominaram os colonizadores provenientes de perseguição político-religiosa: puritanos (primeiro navio – Mayflower: fundaram Plymouth); colônia de povoamento: a ocupação baseou-se na pequena e média propriedade agrícola; diversificou-se a produção e implementou-se a manufatura e o comércio;
ü    Norte – evolução econômica; sul – decadência;
ü Século XVIII – Inglaterra atinge o apogeu; ampliou as restrições econômicas e a tributação; Guerra dos Sete Anos (1756-1763); resultado: Independência dos EUA em 1776;

FRANCESA

v    Século XVII – iniciou-se durante o governo absolutista dos Bourbons, sob orientação dos ministros Rochelieu e Colbert;
v    Primeiro local colonizado – Canadá; extrativismo (madeiras e peles) e comércio com os indígenas;
v    Colonizaram faixa interior dos Grandes Lagos ao México, área denominada Louisiana (homenagem a Luís XIV); algumas ilhas das Antilhas;
v    Século XVIII – Guerra da Sucessão Espanhola (1701-1713) e Guerra dos Sete Anos (1756-1763): perderam várias colônias: Revolução Francesa (1789) e as guerras napoleônicas; o Canadá foi perdido para a Inglaterra ao final da Guerra dos Sete Anos e a Louisiana para os EUA;

HOLANDESA

Ø  Países Baixos – começaram a atuar em meio à luta de independência contra a Espanha, no século XVI;
Ø  Tratado de Vestfália – 1648 – constituíram uma república autônoma;
Ø Companhia das Índias Orientais (1602) – explorava o comércio com a África e a Ásia;
Ø     Companhia das Índias Ocidentais (1621) – comércio com as regiões americanas; nesse período invadiram o Nordeste brasileiro (1624-1625 e 1630-1654);

AMÉRICA SÉCULO XVII

ü  Dinastia de Habsburgos – Carlos V e Felipe II – grande quantidade de metais = inflação = menor competitividade internacional espanhola – grande Império de difícil administração;
ü    Ascensão de Felipe II ao trono português – 1580 = aumento de poder espanhol e também de problemas; holandeses – inimigos;
ü    Vice-reis do México e Peru passaram a reter impostos para defender costas contra ação de corsários = aumento de custos com defesa do Império – Século XVII = crise entre Espanha e América; diminuição de rendas americanas e invasão do Brasil pelos holandeses;
ü  Linhas de comunicação frágeis, recursos limitados, crises externas com Ingleses, Holandeses e também com a América, separação de Portugal em 1640 = desintegração da monarquia espanhola;
ü    Coroa distante e falida = expansão do poder das oligarquias da América;
ü    Disputa de poder entre dinastia dos Habsburgos e dinastia dos Bourbons = disputa pela hegemonia política na Europa;

AMÉRICA SÉCULO XVIII

ü  Século XVIII – dinastia dos Bourbons – Carlos II morre e começa a disputa pelo trono espanhol; Filipe de Anjou, neto de Luís XIV, recebeu o apoio de Castela e Carlos de Áustria era apoiado pela Inglaterra, Holanda, Portugal e uma parte de Castela; mas, os franceses conseguiram assegurar sua vitória; ao renunciar ao trono espanhol, Carlos de Áustria recebeu alguns territórios, como por exemplo, os Países Baixos;
ü  Felipe V assume e implanta um Estado absolutista = revolução administrativa = concessão de títulos a servidores de confiança com o intuito de fortalecer sua própria autoridade; consegue equilibrar as atividades comerciais; prata vinda do México;
ü    Independência dos EUA (1776) e Revolução Francesa (1789-1799)– crise do Antigo Regime;
ü  Guerra dos Sete Anos (França e Inglaterra) – disputa por mercados e áreas coloniais; França necessita neutralizar poder inglês: Bloqueio Continental; José Bonaparte assume o trono espanhol; luta de espanhóis contra franceses e guerrilhas pelo resto da Europa = enfraquecimento do poder de Napoleão e também cria  condições para que as colônias latino-americanas comecem seus processos de independência;

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3.          PRÉVIA DAS INDEPENDÊNCIAS DA AMÉRICA

·  Independência das colônias espanholas – classes dominantes; criollos junto com mestiços e índios; colônias queriam liberdade econômica e autogoverno; falta de homogeneidade – zonas mercantis e zonas rurais;
· Ideologia – republicanos radicais (Francisco de Mirada e Simon Bolívar) e monarquistas liberais (José de San Martín); caudilhismo;
·   Movimento emancipacionista – caráter burguês e urbano ou aristocrático e rural – não foi movimento popular (exceção: México);
·  Emancipação das colônias – prosseguimento da exploração da mão-de-obra indígena;
·  Tupac Amaru – século XVIII – movimento camponês peruano; índios eram explorados nos trabalhos das minas e nas encomiendas;

Prévia das independências

· 1808 e 1810 – invasão da Península pelos franceses; deposição de Fernando VII; criação das Juntas de Governo na Espanha = disputa pela direção dos negócios coloniais; na América formaram-se as Juntas governativas = três correntes: fidelidade ao rei; autonomia em nome do rei; independência;
·   presença econômica da Inglaterra – 1806 – Bacia do Prata; Bloqueio Continental = intensificação de suas relações comerciais com áreas americanas;
·    Cabildos – neles os criollos dominavam, não eram eleitos pelo povo = importante participação no processo de emancipação;
· Idéias liberais francesas + independência das colônias inglesas = desejo de independência entre os criollos;
· Crise da monarquia espanhola + invasão francesa + estabelecimento de Juntas + poder dos criollos + pressão inglesa – independência;
·       Porto de Buenos Aires aberto em 1810 aos ingleses;
·  Movimento de independência – Caracas, Buenos Aires e México;
·    Lima representava reação espanhola;
·  Venezuela – Francisco de Miranda – grandes proprietários de terra – movimento republicano e aristocrático – proclamou a independência em 1811;
· Área Platina – burguesia mercantil;  deposição do vice-rei Cisneros na Revolução de Maio (1810);  Manuel Belgrano (monárquico) e Mariano Moreno (republicano);
·  México – rural e indígena (1810-1811) – Padre Miguel Hidalgo e Padre José Maria Morellos, que proclamou a independência do México;
·   Derrota de Napoleão Bonaparte = restauração do poder de Fernando VII (1814) – reação absolutista = tentativa de recolonização; Inglaterra contra às práticas monopolistas;
·  Congresso de Viena – contra movimentos liberais e nacionais; Santa Aliança (Rússia, Prússia e Áustria) – ajuda à Espanha para sufocar o movimento de libertação das colônias americanas; Inglaterra apóia esse movimento;
·   Vice-Reino do Prata (Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia) – movimento político iniciado em Buenos Aires fragmentou-se; Paraguai transformou-se em República; Uruguai foi incorporado por Portugal (só conseguiu sua independência em 1828); Argentina, chamada Províncias Unidas do Prata virou República em 1816 com a ajuda de José de San Martín;
· Chile – Bernardo de O’Hoggins começou o movimento de independência e com a ajuda mais tarde de San Martín foi proclamada a independência (1818);
·   Venezuela – Francisco de Miranda em 1812 foi vencido; Simon Bolívar, aristocrata colonial, foi o Libertador (1821); Bolívar queria unir a Venezuela  e Nova Granada (Colômbia, Panamá e Equador);
·  Peru – núcleo de resistência espanhola; auxiliados pelo inglês lorde Cochrane, o exército de San Martín tomou Lima e libertou o Peru em 1821;
·  Crise final do domínio espanhol estava ligada à restauração absolutista contra a vontade popular e da burguesia;
· Equador – José Sucre junto com San Martín tomaram Quito, anexando o Equador à Grã-Colômbia;
·  Auxílio inglês foi decisivo para as vitórias latino-americanas – Inglaterra defendia a não intervenção da Europa nos países recém-independentes, indo contra a Santa Aliança;
·    EUA a partir de 1821 também começou a ajudar, pois temiam a invasão russa em seu território através do Alasca e também a penetração econômica da Inglaterra – asseguraram a soberania das novas nações = Doutrina Monroe;
· Bolívar – republicano e San Martín – monarquista; divergências políticas;
· Elemento popular foi fundamental para o movimento de libertação colonial;
·   Último local espanhol – Alto-Peru (Bolívia); 1825 – exércitos de Bolívar e Sucre conseguiram a independência;
·  México – luta com caráter social e étnico (camponeses, índios e mestiços) conveniente à aristocracia criolla; projeto monárquico – emancipação sem romper com a Espanha; Agustín de Iturbide lutou contra Vicente Guerrero, que havia retomado o movimento iniciado pelos padres Hidalgo e Morellos; Plano de Iguala – acordo com os rebeldes e proclamou a independência do México; Iturbide proclamou-se imperador do México em 1822; levante chefiado por Antonio de Santa Ana depôs Iturbide;
· Novos Estados americanos = oligarquias rurais – caudilhos (chefes militares que com golpes tomavam o poder); duas correntes oligárquicas: unitaristas (um poder central forte) e federalistas (descentralização política);
·  Fragmentação política hispano-americana – especialização econômica regional; heterogeneidade étnica e cultural; isolamento das áreas coloniais; disputas pelo controle do poder local pelas oligarquias agrárias; pressão inglesa para que não se formassem blocos econômicos = frustração do sonho de Bolívar;
·        Século XIX na América – manutenção de padrões coloniais = imperialismo.


BIBLIOGRAFIA GERAL
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