PROCESSO
DE INDEPENDÊNCIA DOS EUA
· Era das Revoluções – Independência dos EUA
(1776); Revolução Industrial (1760-1850); Revolução Francesa (1789-1799);
· Século XVIII – o pacto colonial entre a
metrópole inglesa e a América do Norte era muito frágil; isso permitiu à
colônia evoluir com relativa autonomia; comércio e produção manufatureira;
· Revolução Industrial – Inglaterra necessitava de
novos mercados; Guerra dos Sete Anos (1756-1763) – França e Inglaterra = crise
econômica; concorrência comercial das colônias;
· Medidas restritivas à autonomia colonial –
impostos; combate ao comércio e contrabando; essas medidas iam contra as idéias
liberais dos colonos, causando revolta;
· Sugar Act (1764) – açúcar não proveniente das
Antilhas britânicas sofreria alta taxação;
· Stamp Act (1765) – todos os documentos levavam
um selo da metrópole, cujo valor era incorporado ao preço;
· Questão dos Impostos – colonos se revoltaram e
não se sentiram obrigados a pagar tais impostos já que não tinham
representantes no Parlamento inglês; Willian Pitt na Inglaterra lutou contra a
Lei do Selo;
· Charles Townshend (1767) – esse ministro
intensificou a tributação colonial (vidro, papel, chá etc); reação: protesto no
porto de Boston e o ataque de tropas inglesas – Massacre de Boston;
· Suspensão dos impostos – exceto o Tea Act
(1771), que passou a ser monopólio da Companhia das Índias Orientais com sede
em Londres; evitava o contrabando holandês e excluía os norte-americanos do
comércio do chá britânico;
· Boston Tea Party – reação dos colonos à Lei do
Chá; resposta da metrópole: Leis Intoleráveis ou Coercitivas (1774), que
determinaram o fechamento do porto de Boston até que fossem pagos os prejuízos
ingleses; ocupação militar de Massachusetts; julgamento de funcionários
ingleses só em outra colônia ou na Inglaterra; terras do centro-oeste passaram
ao comando do governador inglês de Quebec, medida que visava barrar a expansão
dos colonos para noroeste, o que prejudicava o comércio de peles dos ingleses
com os índios;
· Primeiro Congresso Continental da Filadélfia
(1774) – colonos decidiram pelo boicote total ao comércio com a Inglaterra,
caso as Leis Intoleráveis não fossem revogadas;
· Segundo Congresso Continental da Filadélfia
(1775) – decidiu-se pelo rompimento com a Inglaterra;
· Declaração de Independência – 4 de julho de
1776, elaborada por Thomas Jefferson;
· George Washington – ficou no comando das tropas
americanas; os colonos estavam perdendo, por isso, Benjamin Franklin foi para
Paris e conseguiu o apoio dos franceses e espanhóis na luta contra a
Inglaterra; em 1781, o general inglês Cornwallis capitulou em Yorktown pondo
fim ao conflito;
· Tratado de Paris (1783) – a Inglaterra reconheceu
a independência norte-americana e entregou o Senegal e parte das Antilhas à
França e a Flórida aos espanhóis;
· Congresso da Filadélfia – bases dos novo sistema
de governo estabelecendo uma república com autonomia para os treze estados;
· Convenção Constitucional da Filadélfia –
elaborou-se a constituição; firmaram-se duas facções: republicanos (poder
central simbólico e autonomia para os treze estados), liderados por Thomas
Jefferson; e os federalistas (poder central), liderados por Alexander Hamilton e
George Washignton;
· Constituição – implantou uma república
federativa presidencialista;
· 1789 – eleito pelo Congresso George Washignton
para presidente dos EUA; influências da independência dos EUA – estimulou o
sentimento de libertação do resto da América; crise do Antigo Regime
transformando o Século das Luzes na Era das Revoluções.
INDEPENDÊNCIA DO HAITI
· Colonização francesa nas Antilhas = monocultura
/ escravidão;
· Composição social – brancos (minoria), negros
(escravos/libertos), mulatos (trabalhadores livres);
· Revolução Francesa – 1789 = desorganização nas
Antilhas; grandes proprietários x escravos e trabalhadores livres – idéias
liberais;
· Classe dominante no Haiti – não ao fim da
escravidão = conflitos com forças liberais francesas pós- Revolução Francesa;
· 1790 – Haiti pertencente à França, mas com
direito a Constituição;
· 1793 – apoio espanhol e inglês aos
revolucionários haitianos;
· 1794 – abolição da escravidão; início das
conquistas de Toussaint Louverture;
· 1798 – Diretório – repressão francesa aos
revolucionários; tentativa de restabelecimento da escravidão; revolta contra
brancos; guerra civil de negros x mulatos;
· 1801 – Toussaint conseguiu dominar toda a ilha e
proclamou a independência; Constituição o nomeou governador geral vitalício;
· medidas econômicas = prosperidade, aumento da
produção açucareira; grande diversidade cultural (negros, índios e brancos);
oligarcas recuperaram seus latifúndios; negros = trabalhos forçados =
mão-de-obra barata; manutenção do modelo colonial;
· 1802 – reação de Napoleão – medo de perder tudo
por causa da influência das idéias iluministas da ilha = exército francês
sufocou rebelião haitiana; Toussaint foi preso e enviado para a França;
· Jean-Jacques Dessaline – novo líder negro = nova
rebelião;
· 1804 – apoioado por ingleses e norte-americanos
expulsaram franceses e proclamaram a independência da metade da ilha chamada
Haiti; Dessalines = Imperador de 1804-06; antagonismos entre negros e mulatos
acirrados; produção açucareira estimulada e terra distribuída entre camponeses;
morre Dessalines e Alexandre Pétion (mulato) implanta república no sul e oeste
da ilha; no norte, Henri Christophe implanta ditadura militar e a partir de
1811 um regime imperial que durou até 1820;
· 1825 – França reconhece independência do Haiti;
instalação de capitalismo dependente.
PROCESSOS DE INDEPENDÊNCIA DA AMÉRICA
· Independência das colônias espanholas – classes
dominantes; criollos junto com mestiços e índios; colônias queriam liberdade
econômica e autogoverno; falta de homogeneidade – zonas mercantis e zonas
rurais;
· Ideologia – republicanos radicais (Francisco de
Miranda e Simon Bolívar) e monarquistas liberais ( José de San Martín);
caudilhismo;
· Movimento emancipacionista – caráter burguês e
urbano ou aristocrático e rural – não foi movimento popular (exceção: México);
· Emancipação das colônias – prosseguimento da
exploração da mão-de-obra indígena;
· Tupac Amaru – século XVIII – movimento camponês
peruano; índios eram explorados nos trabalhos das minas e nas encomiendas;
PRIMEIRA FASE. A ATUAÇÃO DAS JUNTAS
(1808-1814)
O Rio da Prata - A
primeira Junta se constituiu em Montevidéu, em 21 de setembro de 1808, ainda
reconhecendo a autoridade do vice-rei. A Banda Oriental dos territórios no Rio
da Prata esteve dominada por José Gervasio Artigas, que venceu as tropas
realistas, em 1811, mas não pôde ocupar Montevidéu. Em Buenos Aires foi criada
uma Junta, em 25 de maio de 1810, que enviou José Rondeau à Banda Oriental e
Manuel Belgrano ao Paraguai. Em 14 de maio de 1811 José Gaspar Rodríguez de
Francia proclamou a independência do Paraguai. Em 1814 Artigas e Rondeau
ocuparam Montevidéu reafirmando o controle sobre a Banda Oriental.
O
Alto Peru -
A primeira Junta que rompeu
abertamente com as autoridades espanholas foi a de Chuquisaca, seguida pela
Junta de La Paz, constituída em 16 de julho de 1809, que foi dominada pelos
realistas. Fim parecido teve a Junta que se constituiu em Quito, em 10 de
agosto de 1809, com Juan Pío de Montúfar. Em 11 de outubro de 1810, foi declarada
a independência do Equador, mas em 1812 o vice-rei do Peru voltou a controlar
toda a região
Nova
Granada -
A figura de Simón Bolívar
(”o Libertador”), dominou o processo de independência da Venezuela. Em Caracas
se constituiu uma Junta, em 19 de abril de 1810, que proclamou a independência
do país, declarando a República Federal em 5 de junho de 1811. Na Colômbia, a
Junta de Santa Fé depôs o vice-rei, em 20 de julho de 1810, e em abril o
I Congresso de Cundinamarca declarou a independência da República.
Chile - A Junta de Santiago se constituiu
em 18 de setembro de 1810, ainda com muitas divergências entre seus dirigentes.
Em julho de 1811 o espanhol José Miguel Carrera tomou o poder apoiado por
Bernardo O’Higgins.
México - A conspiração, iniciada em Querétaro, abriu caminho para o
levante do padre Miguel Hidalgo em 16 de setembro de 1810. No sul do país, os
revoltosos dirigidos por José Maria Morelos proclamaram a independência do
México, mas a enérgica e sangrenta reação do vice-rei restabeleceu a autoridade
real.
SEGUNDA FASE. AS GRANDES CAMPANHAS
MILITARES (1814-1824)
A
reação espanhola (1814-1816) - Os
realistas retomaram as investidas e Bolívar teve que escapar rumo ao Caribe. No
Peru, controlaram a maior parte do território e, no Chile, a falta de
entendimento entre Carrera e O’Higgins dirigiu a vitória realista em outubro de
1814. A causa libertadora só triunfaria na Argentina com a independência das
Províncias Unidas do Rio da Prata, em 9 de julho de 1816.
As
grandes expedições (1817-1822) - A
guerra generalizou-se em todas as regiões a partir de 1817. No congresso de
Angostura (fevereiro de 1819) Bolívar foi nomeado presidente da República da
Venezuela; cruzou os Andes e, vencendo em Boyacá, conseguiu entrar em Bogotá.
No fim de 1819, foi constituída a República da Grande Colômbia e, em 24 de
junho de 1821, Bolívar obteve a vitória de Carabobo, garantindo a independência
da Venezuela.
No Sul, o general José de San Martín
atravessou os Andes em direção ao Chile, triunfando em Chacabuco, em 12 de
fevereiro de 1817. Os êxitos argentinos obtidos no Chile não se repetiram na
Banda Oriental, consolidando a separação do Uruguai, que se declarou república
independente. San Martín iniciou a campanha do Peru, conseguiu ocupar Lima e
proclamou a independência do país em 28 de julho de 1821. Dois anos depois os
realistas recuperariam Lima, no entanto, as vitórias de Antonio José de Sucre e
Bolívar em Ayacucho foram decisivas.
A INDEPENDÊNCIA DO MÉXICO E
AMÉRICA CENTRAL
No México, Agustín de Iturbide lançou um
manifesto conhecido como o Plano de Iguala e, em 24 de agosto de 1821, foi
declarada a independência. Em 1822, Iturbide incorporou a América Central ao
México, atuando contra os desejos da maioria da população. Um ano depois, foi
criado o estado independente das Províncias Unidas da América Central.
· História colonial - A América Central colonial foi
dividida em duas jurisdições. O reino da Guatemala, que se estendia de Chiapas
(atualmente estado do México) até a Costa Rica, era parte do Vice-reinado da
Nova Espanha. O restante do território foi agregado à Nova Granada (atual
Colômbia), inicialmente dependente do Vice-reinado do Peru.
· Em
1821, a classe criolla da Guatemala, imitando a do México, rompeu sua
vassalagem com a Espanha. A zona passou a integrar o Império mexicano de
Agustín de Iturbide até 1823, quando tornou-se independente do México e formou
as Províncias Unidas da América Central. Chiapas continuou pertencendo ao
México, enquanto o Panamá fazia parte da Grande Colômbia de Simón Bolívar.
· As
Províncias Unidas embarcaram em um programa ambicioso, mas pouco realista, de
reformas políticas e desenvolvimento econômico. A guerra civil foi o resultado
do regionalismo exacerbado. Em 1838, com a revolta iniciada pelo líder
guatemalteco Rafael Carrera, a federação começou a desintegrar-se e surgiram
como repúblicas independentes a Guatemala, Honduras, El Salvador, Nicarágua e
Costa Rica.
· Nessa
época, a Grã-Bretanha começava a substituir a Espanha como força dominante na
região. O assentamento britânico de Belize tornou-se o principal centro de
comércio de toda a América Central com o exterior. Em 1862, Belize tornou-se
oficialmente colônia inglesa, com o nome de Honduras Britânica.
· Em
1903, movidos por seu interesse particular na construção do canal, os Estados
Unidos pressionaram o Panamá para que obtivesse a independência,
desmembrando-se do território colombiano.
INDEPENDÊNCIA CUBANA (1895-1898)
· Depois de ser aprovado em Madri o projeto de autogoverno da ilha,
estalou a terceira guerra cubana. José Martí tomou as rédeas da insurreição,
mas, antes de sua morte, aprovou-se uma nova Constituição e foi eleito
presidente Salvador Cisneros Betancourt.
· A Espanha ficou na mira da imprensa americana pela contínua
repressão aos insurretos. Os Estados Unidos, ansiosos por intervir, enviaram a
Havana o velho encouraçado Maine, que, pouco depois, explodia. Sob esse
pretexto, começaria a Guerra Hispano-americana.
· Guerra Hispano-americana - conflito bélico ocorrido entre a
Espanha e os Estados Unidos em 1898, culminando com a libertação de Cuba, Porto
Rico e Filipinas do domínio espanhol.
· As origens do conflito situam-se na luta pela independência cubana
e nos interesses econômicos que os Estados Unidos tinham na ilha. A guerra pela
independência de Cuba começou em 1895, porque a Espanha não realizou as
reformas prometidas ao povo cubano, na Paz de Zanjón, que pôs fim a Guerra dos
Dez Anos, a primeira das denominadas guerras de Cuba. Por outro lado, as
ambições econômicas e imperialistas dos Estados Unidos, com o objetivo de
controlar a rota comercial do mar do Caribe, assim como a produção açucareira
da ilha, contribuíam para incentivar o fim da presença espanhola em Cuba, o que
facilitaria o controle da ilha e reafirmaria a Doutrina Monroe de resistir a
qualquer presença européia na América.
· Depois do combate de Santiago de Cuba (1º de julho) e do
afundamento da esquadra espanhola (3 de julho), o governo espanhol solicitou o
armistício aos Estados Unidos, em 18 de julho, e capitulou no mês de agosto.
Esta guerra significou a afirmação dos Estados Unidos como potência mundial.
Para a Espanha, o desastre de 1898 representou a perda definitiva dos últimos
vestígios do antigo império colonial.
OS
EUA NO FINAL DO SÉCULO XIX
· Meados do século XIX o país alcançou dimensões
continentais: expropriação de terras indígenas e povos vizinhos e compra de
territórios coloniais pertencentes a potências européias;
· Doutrina do Destino Manifesto – “os
norte-americanos foram escolhidos pelo destino para dominarem a América”;
· Guerra de Secessão (1861-1865) – rivalidade
econômica, social e política entre os estados do norte e do sul dos EUA;
ocasionou uma guerra entre o norte (colônia de povoamento, com pequenas
propriedades agrícolas, trabalho livre, comércio dinâmico e economia propiciadora
do capitalismo) e o sul (colônia de exploração baseada na monocultura para
exportação e no latifúndio escravista com uma forte aristocracia rural);
Final do século XIX – EUA era a 1ª potência mundial;
crescimento demográfico;
AMÉRICA PÓS-INDEPENDÊNCIA
· América Latina – latifúndio e semi-servidão;
fragmentação em vários Estados; agricultura de subsistência e a produção de
gêneros de exportação;
· Desenvolvimento desigual – economia capitalista
e urbana; campo aristocrático e latifundiário; México, Argentina e Brasil =
crescimento para fora; países andinos, centro-americanos e antilhanos =
permaneceram ruralizados;
· Contraste entre América Latina e América
Anglo-Saxônica = tradicionalismo e dependência / mudanças e desenvolvimento;
· Panamericanismo – união das sociedades
americanas, afim de manter a paz nas
Américas, preservar a independência desses Estados, estimular o
inter-relacionamento e defender-se contra a ameaça representada pela Europa;
· Bolivarismo – versão de panamericanismo
concebida por Simon Bolívar; Gran-Colômbia; Congresso do Panamá (1826);
fracasso – resistência dos EUA, Brasil e Inglaterra;
· Monroísmo – visão norte-americana do
panamericanismo em que os EUA predominava; oposição à Santa Aliança;
auto-proteção; projetos expansionistas dos EUA; impedir colonialismo europeu;
interesse norte-americano no comércio com países independentes; “América para
os americanos”;
· Guerra Cisplatina – interesse europeu no couro e
charque = + impostos internos; prioridade exportação; protecionismo contra
livre-cambismo ou federalismo versus unitarismo – guerras civis argentinas;
caudilho Juan Manuel de Rosas; 1816 – Argentina independente; 1821 – Portugal
invade Banda Oriental; protestos da Argentina e Inglaterra; independência do
Brasil – Província Cisplatina = resistência uruguaia = guerra; resultado –
Banda Oriental torna-se independente = República Oriental do Uruguai;
reabriu-se o porto de Buenos Aires = comércio livre – Inglaterra;
· Intervencionismo europeu – Juan Manuel de Rosas
líder dos pecuaristas na luta das províncias contra a hegemonia do porto de
Buenos Aires = contra a intervenção européia (Ilhas Malvinas = Ingleses);
franceses bloquearam costa Argentina; também bloquearam o porto de Vera Cruz no
México;
· Luta de duas facções uruguaias: colorados
(Fructuoso Rivera) e Blancos (Manuel Oribe); Blancos apoiados por Rosas foram
derrotados; Rivera declarou guerra à Argentina apoiado pela França; Rosas
envolvido em grandes conflitos acabou por conceder privilégios à França;
desgaste econômico do governo Rosas = reabertura do porto ao livre comércio;
· EUA x México – norte-americanos percorriam rota
de Santa Fé em busca de prata e peles de animais; Texas – solo adequado para o
algodão; colonos do sul dos EUA vieram com seus escravos; México já abolira
escravidão; resultado: conflitos; México vivia anarquia com grandes latifúndios
e disputas entre donos de terras e camponeses = fragilidade; 1836 México
proclamou constituição centralista = conflito com colonos norte-americanos do
Texas que declararam a independência; os nortistas dos EUA não concordaram por
não serem escravistas, mas por medo da Inglaterra acabaram por aceitar; Destino
Manifesto dos EUA = liberdade e democracia para outros países; verdadeiro
interesse: terras mexicanas = Califórnia = abertura para o Pacífico; EUA quis
comprar o Novo México e a Califórnia – México não aceitou; EUA precisava de
pretexto para cumprir Destino Manifesto = conflitos nas fronteiras = guerra;
desfecho – México perde e entrega o Texas, a Califórnia (ouro) e o Novo México
(Utah e Nevada);
· Guerra do Paraguai – José Gaspar Rodriguez de
Francia, El Supremo; poder ditatorial contra os ricos oligarcas; república
popular; cooperativismo; propriedade coletiva; reforma agrária; nacionalizou a
Igreja Católica = perda de poder político e econômico da Igreja; monopolizou
exportação de produtos = prejuízo da burguesia mercantil; acabou com
analfabetismo; esse tipo de governo incomodou os ingleses que dominavam o
mundo; Paraguai não possuía porto, dependia de Buenos Aires que era aliada da
Inglaterra; Francia não cedeu ao imperialismo e preferiu o isolamento, fechando
as fronteiras; Francia morre em 1840 e assume Carlos Antonio López – recebe
país pronto para o desenvolvimento, mas travado pelos elevados impostos
argentinos para exportação de seus produtos; ação imperialista = Argentina e
Brasil apóiam Inglaterra; possuem forte aristocracia rural e frágil burguesia
dependentes; soberania do Paraguai deveria ser destruída; assume Francisco
Solano López – algodão Paraguaio passa a ser procurado por causa da Guerra de
Secessão = revolta dos imperialistas = Guerra do Paraguai; invasão do Uruguai =
auxílio do Paraguai e pretexto para invadi-lo; fim = vitória da Tríplice
Aliança (Ing., Br., Arg.); término do guerra – morte de Solano López em 1870
por resistir à voz de comando de soldados brasileiros;
· Guerra do Pacífico – luta de poder por
caudilhos; conflitos entre Chile, Bolívia e Peru; população numerosa mundial =
fome; esterco de gaivotas e albatrozes
(guano) e salitre = fertilizantes exportados para a Inglaterra; Peru possuía
grande quantidade e tinha o monopólio de
distribuição de nitratos; conflitos de fronteiras entre Chile e Bolívia também
rica em salitre e guano; Bolívia fragilizada por golpes militares; firmou
convênio com Chile e dividiram lucros; Chile bem desenvolvido e estável
politicamente, mas se ressentiu com crise econômica do final do século XIX =
investimento em minas de nitrato de Antofagasta na Bolívia e Tarapacá no Peru;
guerra é resultante da concorrência anglo-chilena na exploração de nitrato a
partir do território boliviano = ameaça à economia peruana; Peru pressiona
Bolívia a aumentar impostos aos chilenos; Chile invade Antofagasta e inicia a
Guerra do Pacífico; Chile sai vencedor e Bolívia e Peru perdem Antofagasta e
Tarapacá; Inglaterra aliada do Chile também ganha; pouco antes da I Guerra
Mundial nitrato alemão supera o salitre chileno afetando a economia do país.
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