Nosso continente conta com
um importante patrimônio cultural nem sempre preservado ou compreendido. A
UNESCO nasceu em 1945 com o objetivo de promover a paz através da educação e o
respeito à diversidade cultural. Como parte de sua missão, dedica-se à
identificação e preservação do patrimônio cultural, considerado de grande valor
para a humanidade.
E o que é patrimônio cultural?
Trata-se da herança que
nossos antepassados deixaram e que ajuda a formar a identidade de povos e
comunidades. Constitui-se de todos os bens e valores culturais que expressam a nacionalidade
de um grupo, como costumes, tradições, conhecimentos, manifestações, lugares,
entre outros.
O patrimônio cultural pode
ser dividido em imaterial e material. O primeiro diz respeito à cultura viva,
os usos, expressões, técnicas, medicina tradicional, folclore, arte, música,
rituais, gastronomia, cerimônias, tudo aquilo que só se pode sentir e é
repassado de geração a geração através da oralidade e narrativas. Já o
patrimônio material é formado pelos bens físicos, como estruturas
arquitetônicas, sítios arqueológicos, pinturas, esculturas, sendo que este tipo
de patrimônio se subdivide em móvel e imóvel. O patrimônio cultural móvel é
aquele que pode ser transladado de um lugar a outro, como no caso de
ferramentas, documentos, livros, obras de arte, peças arqueológicas, mobiliário,
objetos religiosos, vestuário e tantos outros exemplos. O patrimônio cultural
imóvel é constituído pelos bens que não podem ser mudados de lugar, pela
impossibilidade ou porque isso modificaria por completo o seu significado
original. Estão dentro deste grupo os sítios arqueológicos, edificações
históricas, espaços públicos, estradas e outros.
Sabendo da importância do
patrimônio cultural para a humanidade, faz-se necessário despertar a
responsabilidade de todos para a sua preservação, proteção, conservação e
divulgação do patrimônio existente em determinado lugar. É necessária a participação
ativa de cidadãos e de instituições governamentais e não-governamentais nos
processos de reflexão sobre a apropriação e conservação desse patrimônio,
essencial para fortalecer as identidades coletivas.
No Brasil e países
vizinhos são constantes os problemas nessa área, em que prédios históricos são
demolidos sem que haja punição dos responsáveis, obras de arte são roubadas,
edificações pichadas, tradições abandonadas ou reprimidas, tráfico ou comércio
ilegal de peças pertencentes ao patrimônio cultural de um povo, descaso da
população em relação a esses vestígios do passado por desconhecimento de sua
importância para a nação e a humanidade como um todo.
Cabe ao Ministério da
Cultura, em conjunto com os governos estaduais e municipais, criar programas
que identifiquem, reconheçam, valorizem, conservem e protejam o Patrimônio
Cultural de uma determinada região ou grupo. Nesse sentido, é necessário levar
às comunidades conhecimentos conceituais e técnicos para a criação de estratégias
de proteção preventiva dos bens culturais dentro de seu próprio contexto. O
trabalho conjunto de instituições e cidadãos pode auxiliar na preservação da
herança cultural legada pelos ancestrais, de suma importância para a construção
da identidade nacional, regional e local de cada povo.
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